Hoje, para matar saudades, fui almoçar no Mercado Municipal, lá no Box do Eliseu. E como minha mãe adorava fui comer um comercial de peixe a milanesa. Continua excelente.
Terminado o almoço notei na lateral da praça de alimentação uma exposição fotográfica comemorativa ao aniversário da imigração japonesa no Brasil.
Me aproximando um pouco mais, notei que a exposição não era uma mostra oficial organizada por alguma entidade, mas uma pequena mostra com doze imagens dispostas num varal. Enquanto comecei a circular em torno das imagens um senhor japonês se aproxima e pede se pode me explicar as fotos. Era o autor das imagens que apresentou-se como Sr. Shimo .
Basicamente as fotos eram de descendentes japoneses cultivando vários produtos de agronegócio como maçãs, peras, uvas, café e soja. Fotos muito simples se analisarmos pelo viés fotográfico e que por si só não passariam de imagens documentais de produtores rurais em seus afazeres e algumas técnicas de cultivo.
Ocorre que a explicação que o autor me deu repleta de paixão e orgulho tornaram tão agradável nossa conversa. Pude sentir um pouco do amor que ele teve ao fazer e expor seu trabalho, uma homenagem aos ancestrais que vieram parar por aqui e que ele mesmo havia organizado e executado numa iniciativa isolada.
Certa vez, nos meus estudos de fotografia, ouvi de uma professora que o valor de um trabalho fotográfico não é o autor que dá. Quem dá o valor é o público. Nesse caso específico dei meu valor ao trabalho muito mais pela paixão do autor do que pelo trabalho em si. E como dizem... se fizer alguma coisa, faça com paixão.
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