Enfim habilitada foi comprar um carro. Comprou um Fusca na extinta Voupar, lembro bem até placa dele AK-9117. Começou assim uma série de causos entre a Dona Pina e seu “fucó” como ela carinhosamente o chamava .
Assim que começou a utiliza-lo, não adaptada às dimensões do carro, semanalmente enroscava seus paralamas pelos carros da cidade, acidentes que lhe valeram o gentil apelido de a “Mulher dos paralamas” dado pelo pessoal da concessionária.
Não foi só isso; sempre que necessitava levar o fusca para algum reparo ou revisão, medrosa que lhe roubassem gasolina esvaziava o tanque, deixando o fusca quase sem combustível para chegar até a Av Candido de Abreu, onde ficava a oficina.
Certa vez, ao sair de uma dessas revisões, assim que saiu da Voupar tinha que passar num posto para abastecer, sob o risco de ficar no meio da rua com pane seca. Parou então no posto que fica até hoje na esquina da Avenida Batel com a Capitão Souza Franco. Havia outro veículo em sua frente abastecendo. Assim que esse foi embora, o frentista pediu para ela adiantar o fusca até a bomba. Ocorreu que os mecânicos haviam retirado o banco do fusca e não o colocaram no trilho como deveria ser. Ao acelerar o carro o bendito banco virou, minha mãe perdeu o controle do fusca e atropelou a bomba de combustíveis gerando um derramamento de gasolina em pleno Batel. Foi a maior correria por medo de incêndio e explosão enquanto ela esperneava no banco virado dentro do carro.
Retomada do susto, Dona Pina, determinada, foi até a revenda e fez com que eles assumissem o prejuízo. E nem precisou de processo, creio que para a direção da empresa não seria interessante perder uma cliente que dava tanto lucro com a troca de paralamas.
Nota: Gostaram do texto? Gostariam de ler outras estórias?
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