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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Espantando a inconveniente.

Bufet do Angeloni lotado como sempre na hora do almoço. Me resta uma mesa com quatro cadeiras. Poderia ser mais útil para um grupo de pessoas, mas era o que tinha, então me sentei.
Logo em seguida chega uma senhora. Sem o mínimo de educação senta-se na minha mesa. Não teria porque não deixa-la sentar-se comigo, mas uma quirera de bom costume não faz mal a ninguém, até mesmo para uma dama, e ela sentou-se muda, sem nada dizer.
O problema maior foi que a moça poderia ter escolhido uma das cadeiras que estavam a frente, pois penso assim tanto eu como ela teríamos mais privacidade. Mas não, ela simplesmente sentou-se na cadeira a meu lado tal qual fossemos nós um casal almoçando juntos. 

Como ela não se dignou abrir a boca e eu também não, confesso que a situação me constrangeu. Foi quando meus neurônios maléficos começaram a trabalhar.
Então o que fiz eu?

Fazendo como a maioria das pessoas faz, abri meu celular. Engane-se quem pensa que abri numa página de rede social. Eu abri numa página bem sanguinolenta de um site de notícias policiais. 
Movida pela curiosidade humana, vi que ela estava fitando minhas páginas. E assim continuei com eu projeto "espanta boçal". Apressou-se em comer porque creio as matérias não estavam de acordo com seu cardápio. Levantou-se e foi embora.

A mim só coube terminar o almoço dando muita risada interior, mesmo porque se eu risse alto pensariam que era um maluco.
Fica a dica: Aprenda a espantar uma inconveniente.

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