Enquanto aguardo o horário de meu embarque fico observando as pessoas no saguão. Nesta época do ano os vôos estão cheio de famílias que tiram suas férias. A minha frente na fila do check-in uma família composta de pai, mãe, três filhos sendo um de colo e a sogra. Junto com eles um mundaréu de malas e sacolas.
Fico imaginando o trabalho que dá viajar desta maneira. Na verdade mesmo alguém não vai tirar férias pois será o responsável por toda esta logística do deslocamento da tropa. Fico a pensar se neste caso não é a sogra a encarregada.
Crianças correm descalças pelos corredores da sala de embarque como tal indiozinhos correm pela aldeia, não demora muito ouve-se um estatelar no chão, em seguida vem o choro. É a criatura que tombou na correria. Chora nenê. Mas não chora muito, súbito levanta-se uma perua de salto número quarenta, adequado para ir de Porto Alegre à Manaus no maior conforto, e corre para salvar seu rebento esgoelando-se. Agora entendi uma daquelas valises deve estar recheada de sapatos e plataformas adequados para ir passear no calçadão de Jericoacoara. Haja paciência. Boa viagem.
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