Minha mãe fazia uma berinjela em conserva maravilhosa. Muito difícil e demorada para fazer, tanto que muitas vezes ela dava suas conservas como presentes em aniversários. Confesso que criticava muito sua atitude em relação as suas conservas e às vezes a pegava por pão dura, pois sempre que servia controlava para que não a comêssemos demais. Tanto foi cuidadosa em relação a isto que ainda tenho guardada uma de suas conservas. Edição histórica, intocável.
Pois bem, saudoso resolvi refazer algumas das receitas de minha mãe. De tal forma fui atrás de uma receita de berinjela em conserva. Com a facilidade da internet, encontrei uma que está muito próxima daquela que a nona Pina fazia.
Um processo demorado. Oito horas de salmoura, ferventada em vinagre, secagem e cura de pelo menos quatro dias. As primeiras provas levei para meu filho que as devorou em questão de minutos o que me deixou feliz e ao mesmo tempo revoltado. Fazendo o que minha mãe fazia, comecei a entender que uma conserva destas não foi feita para encher a barriga. Foi feita para ser degustada.
Acho que logo começarei a dar compotas de presente. A estória se repetindo.
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