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terça-feira, 23 de agosto de 2022

E por falar em saudade...

Devido ao texto que postei ontem, coloquei-me a pensar ainda mais sobre o conceito de saudade.
Sabem como é, depois dos sessenta você começa a ter saudade de tanta coisa. Não é mesmo? 

Eu tenho muita saudade da minha juventude, das situações que vive, das pessoas que conheci, dos amores, enfim, saudade, não arrependimento e nem mesmo desejo de reviver o passado. O passado já era, o futuro não foi, o importante é o agora; e é ele que quero viver intensamente.

Mas, voltando ao cerne da questão (Nossa! Este termo é acadêmico demais), lembrei do que minha mãe contava quando de sua partida da Itália com destino ao Brasil no pós segunda guerra.
Contava ela que sua mãe, portanto minha Nona, no dia de sua partida, no porto de Nápoles, a abraçou e com muita emoção lhe disse a seguinte frase:
"Filha! A gente só deve sentir saudades de quem já morreu."

Considerem a força da expressão daquela mãe italiana que despedia-se de sua filha mais velha no ano de 1952, quando os meios de comunicação entre as pessoas era a carta e o telegrama. Tinha a minha Nona a esperança de rever esta filha. Fato que não aconteceu devido à sua morte em 1964. 
Como devem ter sido estes doze anos para ela?




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