Certa vez li que existem dois lugares extremamente democráticos, lugares onde a extrema riqueza e a pobreza extrema podem conviver lado a lado sem que nenhuma das partes saiba ou se importe com a presença da outra.
Um deles é o estádio de futebol. Ilustrando; no momento do gol você comemora com quem está a seu lado sem saber se a pessoa que está cumprimentando é um magistrado ou um bandido. O que vale é a felicidade do momento.
O outro é a praia. Pra começar na praia você está praticamente despido, só com um calção ou biquini que remetem às suas peças de roupas mais intimas. Pode até ser um magistrado, mas estará despido tal qual o bandido a seu lado. Nesta situação o que variam são os gostos, os símbolos de ostentação.
Como ontem na praia. A nosso lado uma família que levou todo aparato para curtir seu dia de sol. Barraca, cadeiras, comidas, jogos e bebidas. Dentre elas champanhe servido em taças estilizadas. Bem próximo outra família que levou seu material já surrado pelo tempo, um isopor com cervejas de marca popular e uma caixinha de som para tocar seus "hits" favoritos. E todo estavam felizes. Vale tudo para ser feliz.