Quem assistiu o The Voice, programa de calouros da Globo, acompanhou a performance do índio Yuri. Todos os jurados deram as costas para o
artista, ou seja, ninguém quis adotá-lo para as próximas fases do concurso. Fato
que gerou uma grande saia justa, diria ato de profunda discriminação contra o gênero
sertanejo e contra a figura do índio. Embora os jurados apenas escutassem a voz
do candidato ao girarem suas cadeiras deram de cara com o silvícola. Ficou um clima
de arrependimento no ar como se o cantor merecesse a promoção pelo simples fato
de ser índio.
Na devida proporção o que aconteceu reflete a política barata
que acontece com os índios no Brasil. Eles são tratados como coitados,
indigentes. A própria constituição garante ao índio uma condição equiparada a
uma pessoa com demência; o relativamente capaz.
A primeira grande mutreta do The Voice já aconteceu, vão dar
uma nova chance para o silvícola, pura sacanagem com os outros milhares de
candidatos que se inscreveram no concurso.
Só para refrescar a memória tem muito índio andando de
camionete importada no Pará a custa do desmatamento das florestas de suas
reservas.
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