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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Juiz ou réu?


É mais ou menos a mesma coisa. Quando você esta viajando em encontra um acidente na rodovia note que o transito normalmente quase para. O que necessariamente não quer dizer que todos os veículos desejam prestar auxilio aos acidentados. Em verdade todos temos um mecanismo de curiosidade com a tragédia alheia. Paramos para presenciar o sofrimento alheio como modo de nos protegermos da mesma situação. Funciona assim: ao compartilhar o horror e o sofrimento alheio iludimo-nos de que estamos protegidos contra aquela situação. Ledo engano.
E assim esta ocorrendo com os órgãos governamentais que cuidam de bares, restaurantes, boates e casas de shows deste país. Precisaram perder duzentas trinta e oito almas para fazer uma revolução na fiscalização destes estabelecimentos. É um tal de autuar, multar, fechar locais deste tipo que a impressão que nos passa é que nunca foi feito nada no sentido de controlar o setor a não ser a cobrança de taxas e mais taxas.
Sobre este assunto teço duas considerações. A primeira é que esta austeridade é passageira, durará o tempo que a mídia insistir em tirar dividendos da tragédia. Passarão meses, anos e logo teremos arapucas operando nos mesmos moldes da Kiss.
Segundo; que nada adianta depositar a culpa somente sobre os ombros de empresários e dos pobres artistas da Kiss quando os “corresponsáveis” que são os governos nada pagarão pelos danos causados a centenas de famílias a ainda estarão vestindo o papel de acusadores.

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