Páginas

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Receita perigosa


Esta virando um evento mediático este caso da Dra. Virgínia Helena, chefe da UTI do Hospital Evangélico e acusada de ser mandante de eutanásia na UTI do hospital. Não demorará muito estará estampado em capa de alguma publicação: “Dra. Morte”. É um risco de pré-julgamento muito grande e para azar de Virgínia sua aparência cansada lembra aqueles personagens de filmes de terror. Esta sendo preparado um coquetel perigosíssimo.
Sobre o caso teço duas considerações:
O Hospital Evangélico passa por uma crise financeira gigante. Moro próximo e algumas vezes, recentemente, pude ver funcionários em campanha para receber seus atrasados, mobilizando-se na praça que faz frente para a instituição. Portanto, é preciso entender que todas as declarações vindas destes profissionais neste caso serão carregadas de interesses e rancor contra o hospital e a Dra. Virgínia poderá ser sacrificada em torno de interesses desta vendeta.
Outra consideração que precisamos saber é que em situações de vida e de morte é comum o procedimento de escolha daqueles pacientes que tem mais chance de sobrevida, sobre os quais serão realizados maiores esforços. Não só os médicos de UTI fazem isto, os socorristas de SIATE em caso de grandes eventos também adotam esta classificação e nestes casos as vítimas são classificadas por códigos para então serem atendidas.
Não sei, mas este caso está me cheirando uma grande e mal montada peça teatral na qual seus personagens, policiais, juristas, políticos tirarão proveito para aparecer. Como diria o patrão de Lomax no filme o Advogado do Diabo:
“Vaidade, Lomax. Vaidade”. É preciso tomar cuidado com o julgamento.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.