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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Pequeno conto de horror de natal - III

Feliz natal para você que vai fazer a ceia de natal em família.
Coisa mais linda; gesto mais humano. Confraternizar.
Posta a mesa, você, sua mãe, pai e demais familiares. Inclusive a família daquela tia que sua mãe adora e todo ano convida para dividir a mesa farta.
É meu amigo, aquela tia que casou errado e o marido não para em nenhum emprego. Ela mesmo com o marido e os dois filhos adolescentes estarão presentes na sua noite de natal. Sua mãe contemporiza, pois a irmã sempre teve dedo podre para escolher namorados e agora as “crianças” não tem culpa da situação.
Vamos então, vestidos do espírito natalino, confraternizar, dividir o peru.
Servida a ave seus dois priminhos irão atacar antes que mesmo que o amém da oração seja citado. E ao abrir os olhos do momento de devoção as lindas coxas da ave emplumada estarão nos pratos dos dois primatas.
Logo você que adora coxa de peru. Paciência, você não se incomoda, afinal de contas você ama de paixão peito de peru com farofa. Não há nada mais saboroso e “úmido” na culinária moderna. Talvez, regada com a calda doce dos fios de ovos você consiga engolir a iguaria.
E nesta hora então, no íntimo de sua refeição, você fará uma pergunta: Por quê a genética moderna não inventou ainda um peru com dezesseis pernas?

Mas tudo bem. Relaxe. É natal, e tudo vale a pena para ter a família reunida, pelo menos uma vez ao ano.
Na saída, empanturrada, sua tia reclamará do tempero e sua mãe a convidará para o almoço de amanhã.

Feliz natal!

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