É a fase da paixão.
Ficamos obcecados pela beleza, pelo brilho e não nos importamos com os defeitos e as eventuais consequências. É tanta loucura que acaba se transformando em amor.
Um dia, na vida cotidiana, alguns cristais mostram que não são tão brilhosos como vimos, alguns fosqueiam com o tempo, outros lascam, alguns quebram-se.
E assim a cristaleira do amor vai se esvaziando, até que um dia fica vazia. Resta só a cristaleira; e isto representa as relações que perduram por anos sem amor. As pessoas a vêem, mas na essência não há mais nada lá dentro que brilhe e reluza.
Pior; certas vezes a própria cristaleira vem a terra significando o fim de uma relação.
Tem-se a falsa impressão de que necessitamos descobrir os cristais no outro todos os dias para que continuemos a preencher nossas prateleiras. Em vão, somos limitados e os cristais também.
Já quebrei alguns cristais, já vi quebrar uma cristaleira toda.
Já refiz outra cristaleira. E alguns cristais voltaram a perder o brilho, a se quebrar.
Mas nunca desisto de ter uma cristaleira na vida.
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