Já escrevi aqui sobre "O Grito", qualquer dúvida acesse o link: http://abertopublico.blogspot.com.br/2015/07/o-grito.html
Essa noite, relembrando coisas do passado, veio uma outra situação vivida no mesmo período que vale registro e posso chamar de "O choro". Se leram o post anterior passava eu por grandes problemas pessoais e retornava de uma jornada onde passei o dia inteiro entretido com assuntos da empresa.
Acabara de deixar alguns diretores da empresa que estavam comigo no aeroporto. E quando temos problemas é comum ficarmos remoendo mesmo sem cortar nossas atividades e compromissos diários. Eu estava a setenta dias separado, saindo de um casamento traumático depois de vinte e seis anos e me segurando muito bem. Só que aquela jornada havia sido muito intensa e que fora capaz de abstrair-me de meus grandes problemas e dores. Relaxado, ao volante de meu carro, pela Avenida das Torres, em determinado momento pensei, "Poxa que dia! Nem lembrei de meus problemas".
Pronto! Foi o suficiente para vir um turbilhão de sentimentos. Lembro. Parei o carro, próximo a uma saída de conjunto residencial, e comecei a chorar copiosamente. Assim como o grito, foi um choro libertador. Estava chorando por todos aqueles dias de nó na garganta e que me cobrava não chorar por quem não merecia uma lágrima de sentimento meu.
Foi um choro de alívio. Só lembro de ter ligado para meu filho, porque naquele momento só me ocorreu contar para alguém o que estava vivendo.
Creio, que naquele dia, na Avenida das Torres, eu chorei um rio. Chorei e me libertei de minhas dores. E a partir de então comecei a viver novamente.
Por isso, leitores. Chorar não faz mal, pode parecer feio ainda mais vindo de um marmanjo, mas faz um bem.
Mas isso já faz muito tempo e a vida segue...
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