Durona. Aquela noite só iria sair para se divertir. Sem envolvimentos, queria apenas curtição. Sair com as amigas, uma boa conversa, uma bebida e dançar. Apenas diversão.
Então ele chegou, com um gesto distante convidou-a para dançar. Gesto que a fez aceitar de imediato ao convite, era apenas curtição, só queria se divertir. Tocava um ritmo dançante, o que não impediu uma dúzia de perguntas e o começo de um bom papo. "Você vem sempre aqui? Como se chama? Solteira, divorciada ou viúva?" Enfim, as perguntas recorrentes quando alguém convida outra pessoa para dançar pela primeira vez.
Enquanto rodavam a pista, a conversa fluía, a música tocava. Não se apercebeu que o ritmo mudará. De repente começou a tocar aquela seleção demúsicas do tempo que ainda era jovem, de quando saía apenas pra se divertir, tal qual queria fazer dessa vez. A conversa, a música, a companhia, as lembranças do bailinhos de juventude.
Se entregou, deslizou sua mão no pescoço dele, colou seu rosto no dele, fechou os olhos e viajou na lembrança. Pode sentir o cheiro do perfume dele, pode sentir o calor de seu corpo, pode sentir a pulsação do seu coração que batia ritmado pela música. Estava começando a trair seus princípios; só queria divertir-se, curtir uma noitada. Começava ali, naquele instante uma nova relação.
Assim passaram as horas até que a madrugada chegou o dia raiou e a festa acabou. Ao final, acompanhada das amigas partiu. Partiu com o sentimento estranho e agradável; o sentimento de sentir saudades daquele que vira apenas por uma noite. A frustração de não dar sequência a uma relação que poderia ser tão boa e duradoura. E assim foi porque naquela noite só iria sair para se divertir e que se dane o amor.
Nota: Trata-se de um texto meramente fictício.
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