Foram terríveis os últimos dias que passei com minha mãe no hospital em que veio a falecer. Passei com ela as suas ultimas duas noites antes que entrasse no coma profundo que a consumiu.
Não me sai da mente o que foi vivido naquela semana. Ela tinha delírios e insistentemente chamava por sua mãe; minha avó, que nem cheguei a conhecer. Balbuciava algo como "Quero minha mãe" e "Mãe" como se estivesse procurando no infinito de suas lembranças alguém que a protegesse. Não bastava minha presença e nem menos o que tentava lhe dizer, seu clamor era insistente.
Como sabem, eu converso com fotos. No meu quarto tenho uma foto da minha querida mãe e toda manhã eu a cumprimento como se ela pudesse me ouvir, e às vezes até faço um vão desabafo para a imagem. No meu infinito pessoal minha mãe estará sempre lá. E por mais que não acredite em vida após a morte e tenha ciência que nossa passagem por esse mundo é unica eu chamarei sempre pela minha mãe. E quem sabe na derradeira hora do meu "delírio tremens" eu a encontre para me confortar.
Quem mais daria a vida por nós?
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