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terça-feira, 11 de junho de 2024

A mala

A exatos sessenta dias de nossa viagem meu coração começa a ficar acelerado. São tantos detalhes a serem observados que fico até meio tanso. De escova de dentes a cartão de memória para máquina fotográfica, nada pode ser esquecido. São tantas coisas. E o medo de esquecer alguma coisa.

Brinco muito em casa dizendo que minha mala estará vazia. Levarei uma cueca, duas camisetas, duas bermudas e um chinelo havaianas para passar o mês. Deixo a mulher louca com essa estória. Mas, essa brincadeira me faz lembrar de como meu cunhado gostava de viajar.

Nas viagens que fazia com minha irmã, ele levava o mínimo possível em sua bagagem. Por algumas razões que alegava. A principal era não carregar peso. A segunda era poder comprar roupas no exterior e a terceira para não lavar roupas durante a viagem. O conceito de bagagem é muito subjetivo e difere principalmente entre homens e mulheres. As mulheres não conseguem viver com tanta simplicidade como nós homens. Por ela na minha mala iria a mais, uma roupa social para o caso de precisar num jantar social, por exemplo.
A pergunta é: Dou outro lado do mundo iremos jantar com quem?








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