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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Índio do Brasil



Ainda sobre arcos e flechas, contaram-me que certa vez um amigo foi passar suas férias no nordeste. Portador de uma pele morena e que acentua-se exposta ao sol nosso personagem “pegou um bronze” extraordinário.
Turistas, todos sabem como eles são, não basta ir, conhecer, aproveitar o lugar visitado, tem que comprar alguma bugiganga, souvenir dirão os franceses, uma recordação da viagem. Normalmente o que se adquire são peças artesanais, justamente aquelas que você não encontrará em sua terra natal.
Sendo assim nosso personagem comprou o quê?
É isto mesmo. Comprou um arco e flecha.
Tudo que é bom dura pouco e chega o dia do regresso. Moreno, da cor do pecado diria o poeta, arco e flecha na mão rumo ao lar, parecia-se com o índio Tigüera da tribo do carijós, circulando por hotéis e aeroportos. Tão fiel ao personagem que encontra um grupo de turistas estrangeiros e estes não tiveram dúvidas em pedir para tirar fotos a seu lado. Diz seu irmão: Imagina; num álbum de recordação, em algum lugar do mundo, alguém olha para a foto e diz: “Eu e um índio no Brasil”.
Este texto é dedicado ao professor Lúcio Biscaia da SMEL, amigo e grande motivador de minhas corridas. Não corro mais no Bariguí, agora é no Guaíba, mas continuo correndo.

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