Existe algo de errado as biografias e pessoas famosas que nos são contadas. Todas as que assisti têm um componente de tristeza. Ora os meninos são obrigados a tomar ovos crus goela abaixo ou o retirante que virou presidente vendeu laranjas no cais do porto. Tem sempre um componente de miserabilidade no contexto.
Ontem depois de correr às margens do Guaíba e comer uma salada dos deuses assisti no Telecine Cult o filme biografia de Edith Piaf. Cantora francesa que morreu dependente de drogas e que teve uma vida terrível. Abandonada pela mãe foi criada pela avó num prostíbulo. Resgatada e explorada comercialmente pelo pai foi usada por empresários inescrupulosos até ser reconhecida pelo seu talento. No âmbito afetivo teve um caso com um boxeador casado, é claro. Só desgraça.
Pergunto-me: Será que na história das celebridades biografadas não existe um que foi normal. Que tenha ido para escola, não tenha siso explorado, que fez quatro refeições diárias, tinha pediatra, casou-se normalmente?
Precisa de sofrimento para ser famoso? Tem algo de errado no reino das biografias. Alguém não esta contando a história correta.
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