Sábado em São Chico saí para comprar pão para o churrasco.
Enquanto me preparava para voltar pra casa vi uma cena deprimente. No ponto de ônibus
um cadeirante acenava para motorista do ônibus que vinha pela estrada. O motorista
deu sinal que pararia, mas quando viu que era um cadeirante deu marcha e
acelerou.
Não tive dúvidas; acelerei o carro e fui atrás do coletivo
até a próxima parada. Desci fui conversar com o motorista, e devido a alguns
argumentos “fortes” o fiz retornar e
embarcar o rapaz.
Retornei ao ponto anterior e em seguida o ônibus chegou. O
rapaz ficou muito agradecido e fez questão de me presentear com um dos produtos
que estava vendendo. Um creme para aliviar dores musculares a base de sebo de
carneiro (ao menos é o que diz no rótulo). Tivemos uma rápida conversa e ele me
disse que estava indo para sua casa, já que tinha um quiosque onde fazia
lanches.
Ao fim da tarde depois do churrasco e algumas cervejas fui
tirar uma soneca. Em seguida Kátia me acorda, pois precisávamos ir ao supermercado
comprar os ingredientes para a carne de onça que faria a noite.
Saindo do super dei de cara com meu amigo cadeirante. Estava
circulando entre os carros vendendo seus produtos. Inacreditável!
Conversamos.
Me contou que era instalador de sistemas de segurança e teve
uma queda de seis metros de altura enquanto instalava uma câmera, que por não
ter seguro social esta tendo que se virar para sobreviver.
Pois é... tudo me levou a seguinte reflexão:
Eu fui a praia para relaxar, pois tive uma semana carregada.
Preocupado com o quê mesmo?
E você, lendo este texto, está reclamando do quê?
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