"Nos meus tempos de juventude lá em Barbacena" ( bem como dizia o personagem humorístico) nos bailes tocavam dois tipos de músicas. As lentas e as rápidas.
Quem queria dar um pega na "gatinha" esperava ansiosamente pela seleção de músicas lentas. Já, quem queria se esbaldar no salão aguardava a seleção de músicas rápidas. Ponto, simples assim.
Praticando dança de salão descobri que esta realidade mudou. Hoje não se toca mais música lenta em baile. O povo sai mesmo para dançar agarrado música de embalo, que nada mais é do que o som do sertanejo universitário. Preste atenção no ritmo desse tipo de música. Uma mistura de bolero acelerado, com vanerão, forró e música baiana. Isso que faz o sertanejo universitário ser uma dança tão contagiante.
Eu particularmente só ando escutando isso ultimamente, porque além de divertido é contagiante. Mesmo porque faz parte do meu processo de aprendizado dançar mentalmente.
Mas, voltando ao cerne do texto, isso tudo contribui para o fim do romantismo vivido por nós remanescentes das décadas de sessenta e setenta. Aquele momento mágico em que sob a luz negra abraçávamos a menina, coladinho no seu rosto, sentindo o seu perfume de almíscar embalados ao som de "Do you wanna dance" viajávamos no salão quase sem sair do lugar. Tempo bom.
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