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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Que sejam infelizes para sempre...


Estamos vivendo mais um fenômeno mediático. A bola da vez é o casamento real entre William e Kate Middleton, preparem seus saquinhos de vômito. Vai enjoar. Casal moderno que já vive junto há quatro anos poupar-nos-á de sabermos sobre a defloração real. Era virgem? Não era? Tem sanguinho no lençol? Me poupem.



A massa de manobra (no caso nós) não se toca que a realeza britânica serve para isto. Ser exposta, bisbilhotada e fazer com que seus reais súditos viajem nos sonhos. Ah! Um casamento real, um filho real, uma traição real! Tudo pra inglês ver (inglês, americano, japonês, ugandense, brasileiro, bisbilhoteiros do mundo inteiro enfim).


E quando a festa acabar. Os filhos vierem e a monotonia do dia a dia real acabar na vala comum dos casamentos normais eles inventarão discussões, brigas, traições. Aparecerão novos Dodys, novos capitães e novas Camilas Tampax e assim a roda da fortuna continuará girando. Nas escolas de nosso país existirão centenas de Willians e Kates, tupiniquins assim serão nossos pequenos: “Uilians e Queites”, com estes nomes certamente terão emprego nos caixas do Angeloni. Valha-me Deus!


O que o casal real não sabe é que todos, na verdade, querem e precisam viver em suas peles uma estória de rei e de rainha. E para que esta estória seja longínqua será necessária emoção, muita emoção. Logo na cabeça dos senhores da mídia os votos para esta união são traduzidos, mais ou menos assim: “Que sejam infelizes para sempre”.

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