A procuradora geral do trabalho
deste estado, um belo dia acorda e resolve fazer-se notar. Precisa ser
reconhecida como pessoa dura, justa e atenta aos grandes problemas sociais que
assolam esta nação.
O que faz então?
Sai de sua casa e procura um menor
abandonado. Não encontra nenhum jogado na sarjeta e nos mocós. Nenhum abandonado
pela família usando droga na cracolândia.
Circula um pouco mais pela cidade
e não encontra um menor sequer vendendo balinha no sinaleiro, nenhum querendo
guardar carros, nenhum pedindo um trocado qualquer. É tão difícil encontrar um
menor abandonado neste país que chega a duvidar da letra da música Pivete. Como
pudera Francis Hime escrever uma letra com tanta desgraça se a realidade não
representa nada. Deve ser obra de ficção.
Pensando um pouco mais vai
procurar menores trabalhando em regime escravo nas carvoarias, nos campos e nas
indústrias informais. Menores que trabalham por muito pouco, quase nada, sem
ter nada descente, nem saúde, nem alimentação, uma cama e nem menos higiene.
Sem frequentar uma escola. Tudo em vão. Nada encontra em sua sede de fazer
justiça e reparo.
Revendo algumas revistas tem um
estalo genial.
Como podem explorar aquelas crianças
do coral de natal no Palácio Avenida?
Que absurdo!
Lança mão de sua caneta e assina
uma ordem:
“Determino que imediatamente seja
suspensa a atividade exploratória do trabalho infantil no evento natalino de
Curitiba”.
Detalha abaixo de sua decisão um
rosário de irregularidades. Notando que assim, baseado em sua decisão firme,
exterminarão os problemas com as criancinhas deste país.
Parabéns, procuradora.
Boa Noite qro registrar minha indignação quanto a este Absuro, temos que defender essas crianças que merecem uma atencao, coisa que a procuradora deveria fazer e nao o fez.
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