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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cheiro estranho no BBB


Já se passam treze. Treze edições do BBB e ainda a rede Globo não conseguiu emplacar um representante da parcela afro descendente da população que fizesse sucesso.
Gostaria de tecer alguns comentários.
Se cincoenta por cento de nossa população é composta de pardos e negros, por que razão para o programa são escolhidos no máximo dois representantes dentro  de dezesseis  participantes? Geralmente um homem e uma mulher, e nesta edição apenas uma mulher foi encaminhada para a casa.
Os homens são, sem dúvidas, os grandes vencedores desta modalidade de programa. Já tivemos mulheres ganhando, gays ganhando, representantes de classes muito pobres ganhando. Porém, até hoje não tivemos nenhum negro que merecesse abocanhar os milhões oferecidos ao vencedor.
Me intriga. Existe alguma lógica mercadológica que não quer se revelar.
Seriam os próprios negros e pardos brasileiros agentes discriminatórios de sua gente? Uma espécie de autofagismo racial?
Tudo bem que a Aline (eliminada ontem com 77% dos votos) é dona de uma personalidade ridícula (como ela mesma se expressa “ri-dí-cu-la”) e merecia a execração popular, não é bem dizendo um caso controverso é quase uma unanimidade, o que é estranho é que agora restaram somente loiras de olhos verdes e azuis, rapazes claros com os mesmos tons de olhos dentro do lar doce lar.
Isto cheira negócio. Isto cheira dinheiro. Isto cheira interesses.

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