Já se passam treze. Treze edições do BBB e ainda a rede
Globo não conseguiu emplacar um representante da parcela afro descendente da
população que fizesse sucesso.
Gostaria de tecer alguns comentários.
Se cincoenta por cento de nossa população é composta de pardos
e negros, por que razão para o programa são escolhidos no máximo dois
representantes dentro de dezesseis participantes? Geralmente um homem e uma
mulher, e nesta edição apenas uma mulher foi encaminhada para a casa.
Os homens são, sem dúvidas, os grandes vencedores desta
modalidade de programa. Já tivemos mulheres ganhando, gays ganhando,
representantes de classes muito pobres ganhando. Porém, até hoje não tivemos
nenhum negro que merecesse abocanhar os milhões oferecidos ao vencedor.
Me intriga. Existe alguma lógica mercadológica que não quer
se revelar.
Seriam os próprios negros e pardos brasileiros agentes discriminatórios
de sua gente? Uma espécie de autofagismo racial?
Tudo bem que a Aline (eliminada ontem com 77% dos votos) é
dona de uma personalidade ridícula (como ela mesma se expressa “ri-dí-cu-la”) e
merecia a execração popular, não é bem dizendo um caso controverso é quase uma
unanimidade, o que é estranho é que agora restaram somente loiras de olhos verdes
e azuis, rapazes claros com os mesmos tons de olhos dentro do lar doce lar.
Isto cheira negócio. Isto cheira dinheiro. Isto cheira interesses.
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