Dentre as variedades de aplicações de marketing tem aquele
que se intitula “Marketing de Marcas”. Esta modalidade visa criar um
significado muito, mas muito maior, na marca do produto do que no produto em si.
Para entender vou usar um exemplo bem simples. O da camisa polo.
Todos conhecem uma camisa polo. Uma polo custa nas grandes
magazines em média cincoenta reais. Você pode encontrar a preços mais caros com
algumas diferenciações seja num forro de gola, um corte na bainha, enfim nada
que a transformem em algo tão excepcional.
Fora desta faixa temos as “top” de marca, o que quero dizer
que estas não tem nada de diferente das primeiras chegando a custar duzentos
reais. E você pode perguntar: O que tem esta camisa que justifica o preço?
Te respondo: A marca. Apenas a marca.
Como produto em si ela não tem nada que a diferencie daquela
que custa cinco notas de dez reais. Só que ela tem um ícone costurado na
frente. Um jacaré por exemplo. Podem ser algumas letrinhas, seja lá o que for,
é só isto que ela te oferece de mais. Status.
E o pior. Tem gente que liga pra isto, tem gente que paga
por isto. E saí vestindo apenas um jacarezinho ou duas letrinhas de diferença. Sei
que tem gente que ao ver um amigo usando uma destas solta o tradicional: Tá
podendo heim? Ao que o proprietário se enche de orgulho, pois a vestimenta lhe
coloca no nível social ao qual gostaria de pertencer.
Isto vale para camisas, calças, bolsas, relógios, óculos, e
uma infinidade de produtos. Não sei o que você pensa a respeito deste assunto. Eu
tenho uma opinião como consumidor, pois como agente de marketing acho que é um
bom negócio, o problema é de quem paga por esta vã iconografia. Na minha visão de
consumidor o marketing de marcas evidencia a cretinice e a ignorância humana.
Usando e abusando do exemplo a camisa polo. Entre numa loja
de departamentos e compre uma polo. Mande bordar nela um ícone de marca, pode
ser um bichinho ou umas letrinhas, escolha o que mais te agrada. Vá passear com
sua camisa. Se o sucesso não for o mesmo volte e comente este texto.
Você como marketeiro, criticando as empresas que fazem gestão da marca?
ResponderExcluirA questão destas marcas que vc se refere, como a LACOSTE por exemplo, tem como grande objetivo de branding, fazer com que sua marca permaneça na galeria daquelas que venceram o cada vez mais disputado jogo do mercado. (neste caso apenas permaneçam).
Fora isso, o que vendem é exatamente isso, o valor da marca e não camisas polo. A sociedade tem destas! A Ferrari é um outro bom exemplo. Eles não vendem carros, eles vendem status. Construir uma marca, é demorado e caro! E entre dois produtos similares, com certeza a marca vai ser o fator de decisão. E também fica fácil para uma grande rede varejista ou uma grande rede de loja de departamento, que nem tem fábrica própria, terceirizar toda sua produção com pequenas confecções e matéria-pima barata, apenas copiando o já tão consolidado modelo da camisa polo, modelo este criado pela LACOSTE, ou digamos, pelo seu fundador, o famoso tenista Jean René Lacoste. (conhecido como Crocodilo!) (http://www.l1212.com/) Neste site deles, que é um show de tecnologia web tem a história contada de uma forma bem bacana. Qual é mesmo o site da camisa polo que vende na C&A? Este fim de ano já decidi! Na virada vou usar uma Polo da Lacoste na cor branca! Vou na loja da Lacoste e vou comrpar. Podia ser da C&A...mas vai saber se vai ter uma camisa polo branca no meu número lá em dezembor? Pior que nem um vendedor vai poder me ajudar...lá só tem repositores de mercadoria.
Marketing tem por obrigação ouvir o consumidor e vender a ele o que ele deseja, o que ele quer comprar.Seu texto está mais para uma críica a quem usa roupas de grife - e muitas vezes meu caro, quem usa, é pq pode e não pq. quer ser desta ou daquela classe social. Agora dizer que isso valoriza a cretinice e a ignorância humana? Acho que isto se aplicaria a quem valoriza uma marca acima de qq. outra coisa ou acima de valores culturais. Falar sobre o que marcas podem nos oferecer é um pouco mais pra frente que isso! Abraços