Olha me incluo neste grupo do qual vou falar. Cheguei para
almoçar uma salada hoje no Au Au. Como eu estavam lá outros parcos curitibanos
que distantes das famílias e abandonados pelos restaurantes que emendaram o
feriado não tiveram outro recurso a não ser degustar uma salada e um suco.
O salão estava vazio, e cada um que entreva escolhia uma
mesa de canto, natural porque ninguém se expõe nas mesas de centro se estiverem
vazias.
E cada um que entrava, sentava-se e fazia a mesma coisa. Ia acessar
as redes sociais via celular. Coisa incrível. Lembrei-me dos filmes de ficção
cientifica que postavam os futuros habitantes da terra como verdadeiros zumbis descerebrados.
Estávamos todos ali tão próximos, no entanto tão distantes. Eu
falava com Kátia a quilômetros de distância, o habitante da mesa ao lado
sabe-se lá em que lugar do planeta estava conectado. A moça da mesa em frente
deveria viajar entre Nova Iorque e Tóquio enquanto a salada não vinha.
Sabe de uma coisa? Somos zumbis tecnológicos. Somos tão absortos
quanto os adictos em crack.
Bem dizem que a internet te aproxima de quem está longe e te
afasta de quem esta perto. Poderia falar de futebol com o mancebo a meu lado,
mas ele estava no Havaí comendo uma “Tuna salad” no Au Au.
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