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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Inquérito de café

Resolvi dar uma passada no shopping Barigui comprar uma calça tipo segunda pele para pedalar nas noites frias de Curitiba. Além da Centauro é impossível não dar uma bisbilhotada nas "promoções". Adoro uma, principalmente depois que deixei 63 Kg para trás; compensação dos anos que só podia comprar tamanhos especiais.
Caminhando então dou de cara com uma pessoa que a muito não falava. Pessoa familiar. Convido-a para tomar um café, o frio combinava com a bebida e o inusitado. Como vai a vida? Como vão os filhos? Os meus vão bem, são formados. Um rápido inquérito de café em que tínhamos urgência em saber um do outro.
Senti que ela urgia por saber detalhes da  minha vida e que poderiam  deixar-me desajeitado de falar a respeito. Entre rodeios fui logo direto ao assunto e contei detalhes que talvez ela não soubesse. Falei sem mágoa, afinal o tempo encarrega-se de arrumar as coisas. Falei também  de minha vida atual, de meu amor, da minha felicidade. Ela, por sua vez, falou de sórdidas coisas que aconteceram em sua família. 
Acabamos o café e não  havia por que ficarmos ali. Tudo estava dito. Para concluir ela me disse algumas palavras que levarei comigo: "Existem marcas no coração que uma vida apenas não é o bastante para cicatrizar".
Bom te ver novamente.

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