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quarta-feira, 4 de março de 2015

Minha vida em monogramas

Logo que comecei a namorar com Kátia, certa vez ela me presenteou com uma toalhinha que havia feito para o seu enxoval. Na toalha tem seu nome bordado e a recomendação junto como presente era para que não a esquecesse. Esta toalha eu guardo como recordação ao lado da cama até hoje.
Semana passada fui fazer uma faxina em alguns armários e num deles que estava repleto de jogos de cama e toalhas encontrei uma toalhinha do mesmo tipo, porém nesta esta bordado o nome de minha ex-mulher. Num primeiro momento pensei em dar fim como fiz com tantas coisas inúteis que estavam dentro do meu apartamento.
Porém, mudei de ideia. Vou manter a recordação como única lembrança da pessoa que a meu lado construiu uma família, não importando o que tenhamos feito anos depois com ela, foi uma família e em muitos momentos feliz, isso é inegável.
Hoje vejo que é possível manter recordações de meu passado mesmo que os personagens tenham me dado tanta dor de cabeça, afinal não conseguimos esquecer uma pessoa à medida que desejamos esquecê-la, pois toda vez que ordenamos o esquecimento de nossa memória estamos nos lembrando dela. Palavra de Freud.
Assim terei a toalha de Kátia perto de mim e a da mãe dos meus filhos em algum lugar. Uma para lembrar que vivo um grande amor e a outra acho que como um marco a ser lembrado sempre que de tempos em tempos a rever e poder então me perceber dos erros e acertos da vida.

Fábio Jr se fizer o mesmo vai montar um toalheiro.

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