Na cidade começavam a circular as motocicletas do batalhão de trânsito, a quem carinhosamente chamávamos de “franguinhos da sadia” pela similaridade com uma propaganda da época.
Minha mãe, rigorosa, recusava-se a liberar as chaves do fusca para que eu pudesse dar meu roles pela cidade. O que fez o adolescente Renato então?
Fiz uma cópia da chave pra mim.
Sim! Eu, às escondidas, subtraia o carro da minha mãe para poder dar minhas bandas. (Subtraia, uma maneira eufemística para roubar).
Façam ideia da insanidade da ação, pegava o carro para ir à boatinha do Juventus, clube que ficava a incríveis dois quarteirões de casa. Lá chegando, estacionava o fuscão bem à mostra, colocava o chaveiro no bolso deixando à mostra a chave para chamar a atenção da galera. (Que autoafirmação idiota).
Enfim, numa dessas noites agradáveis estava eu no clube quando fui chamado por um segurança me perguntando se me chamava Renato. Confirmei.
Ele me disse que lá fora tinha uma pessoa querendo falar comigo. Quando olhei porta a fora vi no fim de um longo corredor a figura de minha mãe. Vestida com seu roupão e pantufas trazia na mão um portentoso cassetete feito de um pé de cadeira.
Numa atitude máscula, entreguei a chave do carro para o segurança e dei o recado que depois conversaria com ela e fui dormir na casa de minha irmã.
Como domingo era dia de trabalhar no restaurante da família, antes de ir pro trabalho comprei um buquê de rosas com o objetivo de apaziguar a situação.
Eu cuidava do atendimento no balcão e minha mãe coordenava a cozinha. Então, deixei para chegar no momento em que já tivesse algum cliente pois assim a reação dela seria mais serena. E assim fiz.
De nada adiantou minha atitude resignada e apaziguadora. Naquele momento descobri que as rosas não falam, mas voam.
Sim! Eu, às escondidas, subtraia o carro da minha mãe para poder dar minhas bandas. (Subtraia, uma maneira eufemística para roubar).
Façam ideia da insanidade da ação, pegava o carro para ir à boatinha do Juventus, clube que ficava a incríveis dois quarteirões de casa. Lá chegando, estacionava o fuscão bem à mostra, colocava o chaveiro no bolso deixando à mostra a chave para chamar a atenção da galera. (Que autoafirmação idiota).
Enfim, numa dessas noites agradáveis estava eu no clube quando fui chamado por um segurança me perguntando se me chamava Renato. Confirmei.
Ele me disse que lá fora tinha uma pessoa querendo falar comigo. Quando olhei porta a fora vi no fim de um longo corredor a figura de minha mãe. Vestida com seu roupão e pantufas trazia na mão um portentoso cassetete feito de um pé de cadeira.
Numa atitude máscula, entreguei a chave do carro para o segurança e dei o recado que depois conversaria com ela e fui dormir na casa de minha irmã.
Como domingo era dia de trabalhar no restaurante da família, antes de ir pro trabalho comprei um buquê de rosas com o objetivo de apaziguar a situação.
Eu cuidava do atendimento no balcão e minha mãe coordenava a cozinha. Então, deixei para chegar no momento em que já tivesse algum cliente pois assim a reação dela seria mais serena. E assim fiz.
De nada adiantou minha atitude resignada e apaziguadora. Naquele momento descobri que as rosas não falam, mas voam.
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