Este é um espaço de expor idéias, desenvolver projetos, discutir, relembrar, entreter-se, rir, chorar, pensar. Aqui você encontrará de assuntos sérios aos mais banais, tratados com bom humor e simplicidade sob a minha ótica, o que necessariamente não quer dizer que sejam verdades absolutas. Divirtam-se.
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
As melhores estórias dos últimos sessenta anos. "A rainha da festa"
Na década de setenta as pessoas comemoravam aniversário em casa. Nada de baladas e botecos; as festas eram na garage mesmo. Eu na minha turma de amigos nunca fui daquele de arrancar suspiros das moças, mas dava minhas cacetadas, ou seja, volta e meia pingava uma sereia na minha rede.
Certa vez fui a uma festa de aniversário de uma moça da qual os convidados foram meus primos, eu era desta forma o famoso peru de festa. Se bem me lembro o níver rolava numa casa no Jardim das Américas. Já devidamente acomodado num canto da casa enquanto tocavam sucessos da geração dance eis que passa por mim uma linda garota. Trazia nas mãos um prato, olhou para mim e disse alguma coisa que não consegui decifrar.
Olhou pra mim!
Se olhou é porque queria me conhecer. Fiquei todo animado, afinal ela era muito bonita mesmo.
Esperei a troca de ritmos, saiu dance, entrou música lenta.
Mirei a menina; enchi o peito de coragem e fui tirá-la para dançar.
Aceitou.
Então, ao som de She´s my girl, Rock roll Lulluby fui chegando, apertando, encaixando meu rosto naquele pescoço lindo.
Olhinhos fechados, tudo colado (eu disse tudo mesmo). Estávamos viajando na paixão (Ou seria outra coisa?); bem, tirem suas conclusões.
Nos raros momentos de lucidez, abria os olhos e via todos ao redor admirando a cena; olhares surpresos, invejosos. Eu estava abafando. Sim! Aquela seria a minha noite. Me dei bem.
Determinado momento ela meio que se afasta de mim e pede para pararmos de dançar. Estando tudo tão bom. O que será havia acontecido?
Perguntei e ela sem graça me respondeu.
A patroa está me chamando para servir os doces.
Naquele momento tudo fazia sentido. Ela passou me oferecendo salgados e o tonto pensou que ela tinha dito algo. Eu e minha testosterona fomos traídos pela beleza da moça funcionária da casa. Depois, passada a zoação e alguns copos de Cuba vi que realmente ela era muito mais bonita que a aniversariante. A verdadeira rainha da festa.
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