Algumas dúvidas a respeito de minha infância, quando preciso, pergunto para minha irmã. Na quarta feira, enquanto comíamos um delicioso sanduiche de pernil, perguntei de quem foi a decisão e qual a razão de meus pais terem me registrado no consulado italiano como cidadão italiano.
Eles valeram-se de um recurso do direito que se chama "jus sanguinis", que diz que os filhos de estrangeiros nascidos fora do seu país podem ter a cidadania dos país. Ela me contou que quando nasci estava ocorrendo o processo de naturalização dela como brasileira, o que meus pais eram contrários. Dizia meu pai, nacionalista, que ele não iria servir a duas bandeiras, apenas à bandeira italiana, e assim foi ao consulado e valendo-se disso me registrou como cidadão italiano.
Confesso que isso mexeu comigo, mesmo agora depois de ser vovô, pois me entendi como cidadão italiano pela vontade de meus pais que num gesto de amor a pátria que deixaram para trás para poder progredir, mas sem com isso perder o amor por ela. Sim! Eu posso dizer que sou "italiano da gema", diferente dos que apenas conseguem o passaporte para ir conhecer Roma, Pisa e Veneza e mais, posso dar cidadania a quem estiver comigo. Sorte dela. "Alora, Viva Itália!"
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