As comunidades formadas por pessoas da mesma etnia já foram muito fortes no passado distante. Assim também a comunidade italiana tinha seus afazeres sociais dos quais meus pais quando chegaram em Curitiba participavam.
Assim sendo, lá pelos idos de 1959, quando nasci, meus pais em contato com outros italianos da comunidade tentaram arranjar um casamento para mim, recém nascido, e uma também recém nascida de uma família que também tinha restaurante.
Claro que tudo ficou na orla da brincadeira, mesmo porque entre os italianos não é costume casamento arranjado. Mas, vejam como é a vida. Cresci, engravidei minha namorada, me casei e nunca me relacionei com a menina que estava “prometida” para mim.
Recentemente, depois que entrei em meu segundo casamento, começamos frequentar um restaurante aos domingos que ocasionalmente é da minha ex prometida, agora casada com filhos.
A situação mais curiosa é que por conta desta relação comercial minha esposa fez uma amizade forte com ela. Tornaram-se amigas, seguem-se em redes sociais, trocaram números de celular, etc... Coisas que minha esposa faz com uma facilidade extrema. Ser simpática.
Semana passada o pai de nossa amiga faleceu, longevo, assim como minha mãe, descansou depois dos noventa anos. Ontem fomos à missa de sétimo dia em sua memória para dar um apoio a amiga e sua família. Impossível diante da situação não soltar que eu estava lá na em homenagem ao meu “ex futuro sogro”.