Dizem que mais de onze milhões de novos passageiros usaram do avião como meio de transporte no ano passado. Tal proporção deve causar diariamente por este país afora situações inusitadas. Fui testemunha de uma delas na terça feira passada.
Véspera de feriado o aeroporto de Porto Alegre estava cheio. Enquanto aguardava sentei-me na sala de embarque. Ao meu lado sentou-se uma senhora e sua filha ficou em pé a minha frente. Inevitável que escutasse toda sua conversa.
As duas iam, em sua primeira viagem, passar uns dias no Rio de Janeiro, na casa da dinda como falaram. A impressão que tive antes de constatar seu destino era de que as duas estavam indo passar o feriado em Paris viajando na primeira classe da Air France. O assunto rondava desde o embarque que deveria ser pelo finger e não pelo ônibus que certas vezes acessa os aviões até o serviço de bordo que seria oferecido, mal sabiam que a Webjet cobra pelo lanche, que decepção tiveram.
Dado o devido tempo foi feita a chamada para embarque, antes disto a filha resolve se retocar para o “chic” evento, sua primeira viagem (Ou seria “avoada”?). Abre então sua frasqueira da Barbie, dentro dela posso ver tubos e tubos de produtos de beleza, só bronzeadores enxerguei três. Depois encontra uma frasqueira quadrada que aberta revela ser uma enorme porta bijus. Ali de dentro de um compartimento saem algumas caixinhas que abertas oferecem correntes, anéis e pulseiras. Ela escolhe uma pulseira e a coloca. Pronta pode aparecer na foto princesa. Seu primeiro vôo será realizado com todo glamour necessário.
Contemporizo: Como é bom ser homem.
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