Para falar da minha mãe dou um suspiro. Penso em toda sua trajetória quando um dia meu pai partiu e deixou em seus braços um menino com oito anos então. Não tenho dúvidas de quanto esta mulher renunciou, se dedicou para poder ser em uma só pessoa pai e mãe ao mesmo tempo. Embora não seja eu a imagem da perfeição que uma mãe pode esperar de um filho eu queria dizer: “Missão cumprida dona Pina”.
Sabem todos que com a idade os vícios e costumes se potencializam, o que popularmente chamamos de caduquice. Não é diferente com minha mãe como não será diferente comigo e com você tenha certeza. Pois bem, minha mãe sempre foi uma pessoa ligada à comida, por ter passado por duas guerras e por este fato ter sentido privação e por ter trabalhado toda sua vida com restaurante atualmente ela tem uma preocupação exagerada com comida. Fato que se reflete no armazenamento contumaz de alguns gêneros como óleo, massas, molhos e outras coisas. Eu mesmo costumo dizer que ela esta se preparando para a terceira guerra mundial tamanho é o estoque que tem em seus armários.
Todo domingo, véspera de meu retorno para Porto Alegre no ultimo ano, final de tarde passo em sua casa para dar um cheiro na minha menina. Ela sempre preocupada comigo me abastece com frutas e conservas que faz durante a semana. Não é raro despachar na minha bagagem de mão potes com berinjela, pimentão, mamão e torradas. O pessoal do raios-X do aeroporto deve me achar o maior farofeiro do trecho Curitiba – Porto Alegre, eu sempre argumento que tenho uma mãe italiana e que para ela eu estou indo para a escola. Sou filho da dona Pina, isto é o que importa.
P A R A B É N S!!! Pra ela e por este amor.
ResponderExcluirLindo o texto amor. Admiro esse amor que vc tem pela minha sogrinha. Ela é um encanto mesmo. Bjos.
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