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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Elo perdido

No dia dois de novembro é lembrado como dia de finados. É indiscutivelmente uma data triste marcada para que nós, os vivos, dediquemos nossas lembranças àqueles que nos antecederam.
Então há a tradicional romaria aos cemitérios, cada etnia com seus costumes, tem quem leve flores, acendam velas e até comidas são  depositas sobre os túmulos. Conheci uma senhora que levava uma cadeira e sentava-se o dia inteiro em frente a capela onde repousava seu marido, ali ficava para receber os que  fossem visitar o túmulo. Hoje ela já habita no mesmo endereço.
Sempre que vou ao cemitério onde estão meus próximos passo por uma capela que guarda uma estória muito triste. Uma família morta em acidente automobilístico, sempre me sensibilizou as lápides com as palavras do pai e viúvo que sobreviveu ao acidente. São finados que marcaram minha vida sem ao menos conhecê-los.

Estava a pensar que uma pessoa é no máximo lembrada com saudades por duas gerações subsequentes, seus filhos e netos com certeza e quem sabe pelo seus bisnetos vagamente se tiver uma velhice saudável. Depois acaba sendo apenas um elo na cadeia da vida, uma lápide no cemitério. Assim será para mim, assim será para você.

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