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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Pequeno ensaio sobre solidão

Sobre solidão existem vários aspectos. A solidão propriamente dita, a solidão a dois que é terrível e a solidão da alma.
Obrigo-me a tratar do assunto porque contabilizando já senti todos os tipos que falarei. Creio que a vida te leva para a solidão, até uma certa idade a vida te “dá”. Dá saúde, amigos, filhos, conquistas, realizações, bens materiais e muito mais. Passado um tempo ela começa a te tirar. Tira seus pais de sua vida, tira seus filhos de casa, aquilo que conquistou já não é tão importante, tira a saúde, o ânimo, a vontade. Quando um dia você olhar ao redor verá que esta só.
Daí começo a entender porque aqueles senhores e senhoras de idade avançada vão para os centros de convivência. Vão para encontrar o outro e não existe nada mais normal do que um ser humano procurar outro ser humano. Duas solidões que se encontram deixam de ser solidão. Passam a ser uma amizade, uma namoro, um amor. E embora a vida tenha o poder de tirar um amor da sua vida, sempre é bom ter alguém a seu lado.
A solidão a dois é a mais sórdida, porque é causada pela intenção de uma das partes ou por ambas. Falta de coragem de assumir e rever que o outro não te serve, não “orna” com você. Pura exibição de comodismos. Às vezes é preciso fazer uma revolução em nossas vidas, e se você não a fizer a revolução se auto realizará em sua vida, mais cedo ou mais tarde.
Já a solidão da alma é a mais triste, pois não importa o quão acompanhado você esteja o sentimento de não pertencer é tão grande que te reduz a um quase nada. Para este mal conheço apenas um remédio. Deus.

Letra da canção Casinha Branca;

Tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizade
Vou seguindo a multidão

Mas eu me retraio, olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão

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