Não seja refém do “gosto” e do “não gosto”. Principalmente
em termos de alimentação sob o risco de tornar-se uma pessoa chata e insociável.
Conheço gente que não come nada, ou quase nada. E pior
conheço gente que por não comer é incapaz de diferenciar um rabanete de um agrião.
Lembro de uma vez éramos radio amadores que fazíamos um
acampamento num cânion, era eu o responsável pela cozinha. Um dos pratos do cardápio
era um arroz carreteiro. Enquanto preparava aproximava-se um amigo e dizia: Não
gosto de cebola. Outro: Não como alho. Ou ainda: Detesto pele de tomate.
Aquilo foi me enchendo o saco de tal forma que se tivesse
que cozinhar pelas exceções serviria só o arroz branco.
O que fiz eu?
Concluí o prato e antes de servir subi num caixote e fiz o
anúncio:
O carreteiro esta servido. Tem cebola, tem algo, tem tomate.
Quem não comer quero informar que o restaurante mais próximo fica a quarenta quilômetros
daqui.
Quer saber? Todos comeram o carreteiro.
Ora, um bando de marmanjos criados pela Vovó no meio do mato
fazendo charminho. Como bem dizia o ancião lá da tribo: Aprende-se a viver pelo
amor e pela dor. A escolha quem faz é você.
Eu, além de não cozinhar por exceção, acho este tipo de
gente muito chatinha.
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