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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Um breve caso alimentar

Não seja refém do “gosto” e do “não gosto”. Principalmente em termos de alimentação sob o risco de tornar-se uma pessoa chata e insociável.
Conheço gente que não come nada, ou quase nada. E pior conheço gente que por não comer é incapaz de diferenciar um rabanete de um agrião.
Lembro de uma vez éramos radio amadores que fazíamos um acampamento num cânion, era eu o responsável pela cozinha. Um dos pratos do cardápio era um arroz carreteiro. Enquanto preparava aproximava-se um amigo e dizia: Não gosto de cebola. Outro: Não como alho. Ou ainda: Detesto pele de tomate.
Aquilo foi me enchendo o saco de tal forma que se tivesse que cozinhar pelas exceções serviria só o arroz branco.
O que fiz eu?
Concluí o prato e antes de servir subi num caixote e fiz o anúncio:
O carreteiro esta servido. Tem cebola, tem algo, tem tomate. Quem não comer quero informar que o restaurante mais próximo fica a quarenta quilômetros daqui.
Quer saber? Todos comeram o carreteiro.
Ora, um bando de marmanjos criados pela Vovó no meio do mato fazendo charminho. Como bem dizia o ancião lá da tribo: Aprende-se a viver pelo amor e pela dor. A escolha quem faz é você.
Eu, além de não cozinhar por exceção, acho este tipo de gente muito chatinha.


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