Domingo fantástico sem Fantástico

Acordo muito cedo no domingo. Cinco e meia estou em pé. Na verdade acordo cedo porque dormi cedo, noite antes estava na cama às dez e meia, coisa rara. Sozinho em casa resolvi me dar um domingo prazeroso. Como falava, acordo cedo faço um café leve e me preparo para 4ª E tapa do campeonato de corrida de rua da SMEL. Como disse Cazuza, “o dia amanheceu por entre os dedos”, entre baladeiros que retornavam para casa às sete horas meu xará Renato está me esperando lá em baixo.

Vamos para prova lá no Bacacheri, a corrida larga e termina numa igreja batista, a estrutura é muito boa e o trajeto bem agradável, como nos velhos tempos eu e Renato corremos conversando e dando boas risadas. Pouco depois das nove horas estou de volta, banho tomado vou até o açougue comprar carne para fazer preparar o presente de meu compadre. Carne de onça. Muito mais do que a carne de um animal em extinção é uma iguaria deliciosa. Meio dia vamos para a festa, tomei a decisão correta, me visto com a camisa do Atlético, num mar verde e branco eu e minha comadre defendemos honrosamente as cores de nossa paixão.

Não consigo ficar para o bolo, pois minha mais antiga paixão joga às quatro horas e preciso ir para o templo da paixão e da luxúria. Não tem problema, pois tenho certeza, serei lembrado posteriormente com um pedaço do delicioso bolo (recado dado). Valeu a pena o esforço, o Atlético consegue um grandioso resultado, goleia o Flamengo por um a zero. Saio feliz, tudo esta correndo bem neste dia maravilhoso.

Finalizando vou ao encontro com o poderoso, uma pizza na casa da sogra, retorno para casa tomo um banho e desmorono na cama. Foi um domingo fantástico sem Fantástico.

Como sou feliz fazendo as coisas que realmente me fazem bem.

Na imagem gentilmente cedida pela agência Isabel de notícias eu e o xará quase cruzando o portal de chegada.