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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Zé e o Passat 78

Seria cômico se não fosse trágico.
Ontem depois de quatro meses de ausência voltou a aparecer aqui na esquina de casa o Zé. Zé, para quem não sabe é nosso receptador de lixo reciclável favorito, comumente conhecido com “catador de papéis, carrinheiro.”.
Foi assim encontro:

Eu: “E aí Zé, tudo bem? Quanto tempo? Sumido?”

Zé: “Nem te falo. Aconteceu uma desgraça na minha vida.”

Eu: “O que aconteceu Zé?”

Zé: “Veja como são as coisas. Faz seis anos eu conheci uma mulher de boa família, família italiana por sinal. Namoramos, resolvi casar.Casei de papel passado, no cartório, tudo certinho. Tivemos um filho.
Ela vivia reclamando da vida que levava. Daí eu resolvi largar o carrinho e arrumei um emprego fixo de vigia.
Quando fui saber, pela vizinhança, ela estava me botando chifre.
Começamos a brigar e ela foi embora. Me trocou pelo tio dela que é bem mais velho.
Fiquei eu e o menino em casa. Depois vim saber que ela me trocou pelo tio porque ele tem um Passat 78.”

Esta é a historia do meu amigo Zé, trocado por um Passat 78.
O mulher interesseira!
Ao Zé nada pude falar. Calei, pensei. “E se você comprasse um Corcel 81?”

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