Hoje cedo no jornal local falaram que se comemora nesta data o dia da resistência. Foi na década de sessenta, plena ditadura, o povo gaúcho mobilizou-se para pedir o respeito à constituição e conseqüente posse do presidente João Goulart.
Em depoimento na TV, um senhor conta que na época era um jovem músico da banda do Colégio Militar, foram designados para uma apresentação numa cidade do interior. Enquanto deslocavam-se para lá estourou o movimento. O negócio foi grande, pois até o governo militar da época ordenará o bombardeio ao palácio do governo do estado (Palácio Piratini).
Bravatas à parte voltamos ao pitoresco e hilário caso. Os jovens ao chegar na cidade do interior para tocar encontraram a população atônita com as notícias que chegavam da capital via rádio. Nem por isto privaram-se de fazer sua apresentação usando seus uniformes vermelhos iguais aos dos fuzileiros navais. Curioso que enquanto tocavam ouviam comentários do público. Um deles era o seguinte, dito em bom gaúcho:
“O que? Os fuzileiros navais já chegaram. E vieram de ônibus da capital.”
Particularidades hilárias de um povo que tem história para contar.
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