Quando as crianças eram pequenas conhecemos uma pessoa maravilhosa veio do interior de São Paulo, ali quase divisa com o Paraná para morar conosco. Auxiliava nos fazeres da casa, ajudou a criar as crianças. Foi com ela que convivemos pouco mais de cinco anos.
Trabalhava durante o dia e a noite estudava num curso técnico no Colégio Julia Wanderley. Era tido como certo que não ficaria muito tempo nos seus afazeres, pois sendo uma pessoa especial estava destinada ao sucesso e a independência.
Conheceu seu futuro marido num cachorro quente que havia perto de casa, ele era o garçom. Casando-se foi trabalhar no comércio, dedicou-se a loja de confecções, depois cama mesa e banho.
Fazia um tempo não a encontrava. Ontem subia a Alameda Carlos de Carvalho, taciturno, perto do final do dia enquanto caminhava olhava o comércio que se desenvolveu na região.
Surpresa! Dentro de uma loja vejo minha amiga. Não se contendo quando me viu veio receber-me na porta. Agradável reencontro, daqueles que em rápidos minutos você tem que dizer o que aconteceu em sua vida nos últimos dez anos. Ela sabia algumas coisas que ocorreram em minha vida, também pudera a quantidade de gente que não tendo o que fazer cumpre seu tempo falando da vida alheia. Eu que pouco sabia das ultimas de sua vida fiquei chocado quando me contou da morte de seu marido, mais uma vítima da violência gratuita.
Sigo meu caminho, subindo a ladeira e pensando sobre a vida, sobre a sina de cada um. Alguém que conhecemos, que tem suas vitórias e suas desgraças. Coisas da vida.
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