Um dos mitos em relação a profissões é o mito das aeromoças. Os mais antigos haverão de concordar comigo. Sempre muito se falou a respeito das profissionais que são mulheres bonitas invariavelmente, educadas e excelentes amantes.
No atual contexto das companhias aéreas, tipo low coast (pop airlines) ser aeromoça perdeu lá o seu glamour. Em algumas empresas que cobram pelo lanche servido a bordo elas estão muito mais para garçonetes do que para aeromoças propriamente ditas. Porem algumas companhias preservam a pompa da função, é o caso da TAM e da Azul, nesta empresa até a vestimenta das aeromoças é retro. Você ao vê-las passar pelos saguões de aeroportos tem impressão de que elas embarcarão no avião do filme Casablanca.
As empresas tem suas políticas de recursos humanos e umas destas empresas mantêm em seus quadros funcionários com experiência na função. Especificamente no cargo de aeromoça você depara, às vezes, ao contrário do esperado com uma jovem senhora. Foi o que ocorreu comigo no vôo que fiz na ultima sexta feira. Uma das aeromoças tinha quase cinqüenta anos, sendo assim coloquei-me na função de observador social.
Notei que já não tinha a beleza impactante e plena de fetiche que as mais jovens despertam, porém tinha no rosto uma serenidade compensadora, uma mãezona orientando os passageiros como se fossem seus filhos. Não perdeu a graça, conquistou serenidade. É como o jogador de futebol que envelhece, passa a jogar com a sabedoria enquanto os mais novos precisam correr mais para realizar a mesma coisa. E assim elas fazem seu trabalho com simplicidade e naturalidade sem par uma vez que os anos a mais são gratificados pela segurança e pela experiência adquiridas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.