Falando sobre velórios e rituais de despedida. Fui a um
velório no fim de semana. O lugar era solene, todo em mármore, com decoração
moderna, mas muito leve, estilo Niemeyer para abrigar a família daquele que
parte. O morto solene em seu caixão que parecia ser de madeira maciça, muito
embora não o fosse. Sobre o esquife uma foto e muitas rosas. Achei tudo muito
bonito, quando chegar a minha vez quero um igualzinho pra mim.
Determinado a aplacar o frio num canto vejo uma mesa posta.
Café, leite, chá de alguma erva tranqüilizante, biscoitos salgados e doces e
uma bandeja com sanduíches. Não me contenho vou até lá e sirvo um café. Vou
tomar o cafezinho e que surpresa. O café estava frio.
Penso. Num ambiente tão planejado, onde tudo estava em seu
lugar, adequado para a ocasião se aquele gélido café não estava no script.
Seria uma maneira de fazer-nos refletir sobre a frieza do desencarne? Sei lá.
Na verdade, para ser bem franco e sem trocadilho maldoso; "Naquele velório
o café estava pela hora da morte".
Nota: Na coluna "1 click a day" tem uma foto do ensaio da Giusy, minha filha com Amora, a gata.
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