“Um tigre, quando nasce, é sempre o primeiro tigre do mundo”.
Desconhecedor feliz da morte, prisioneiro do eterno instante presente, todo tigre se contenta com uma existência zoológica entre seus pares, e com eles mais disputa do que se identifica. Nasce, vive e morre nos limites de uma vida selvagem, indiferente a quaisquer nervuras do tempo. Um tigre não pode destigrar-se, enquanto muitos homens se empenham numa desumanização voluntária. Inútil: depois de Adão, nenhum humano pode almejar o “luxo alienante” de ser o primeiro homem. Quando nasce, já herda um legado magnífico feito de homens e livros — e isso, para seu gáudio ou sua desgraça, vai acossá-lo para sempre.
Ortega y Gasset
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