Os mais antigos desta rede irão saber do que estou falando. Quando existia a fotografia revelada estudos de envelhecimento mostravam que uma foto durava em média noventa e cinco anos até que sua imagem fosse totalmente apagada pela ação do tempo.
Este era um argumento que usávamos na Kodak para vender nossos produtos que faziam a revelação das fotos. Argumentávamos que uma foto revelada de uma pessoa adulta com certeza duraria para memória mais do que ela viva. Ou seja, seus netos e talvez bisnetos teriam com certeza o registro da existência do ancestral.
Aonde quero chegar expondo a vocês este raciocínio?
Na realidade a memória de nossa existência segue o mesmo tempo que o tempo de vida de uma fotografia antiga. Digamos, nossos filhos e netos lembrarão de todos. Já os bisnetos e tataranetos é duvidoso apostar. Poderão ouvir falar, mas terão lembranças carinhosas para recordar?
Com mais de sessenta anos angustia-me este raciocínio. Preciso marcar minha existência para ser mais do que uma lápide no cemitério.
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