Após o polemico texto de despedida e um feriado muito bom estamos de volta.
Ainda para coroar o “dolce far niente” dos últimos dias, chegando em casa fui ver meu time contra o poderoso Curingão. Time da globo, candidato ao titulo e com sua estrela máxima “el gordito”, Ronaldo. Nada a reclamar dos últimos dias, na praia, fazendo coisas que gosto, curtindo.
Ontem, acordei cedo, cheio de gás, me preparei e fui pra estrada, literalmente. Isto porque resolvi correr o trecho que separa nossa praia do balneário Capri. Uma estrada de chão batido bem lisa, com pouco mais do que oito quilômetros cortando região inóspita cheia de vegetação. O planejado era ir e voltar por ela.
Como faria um trecho maior do que dez quilômetros, resolvi me alimentar um pouco melhor com frutas e um bom café para despertar. Saio pela estrada do Forte, uns dois mil metros, até o acesso que da a referida estrada. Com a temperatura excelente, disposição e a motivação de estar lendo a Semente da Vitória do professor Nuno Cobra coloco um ritmo mais acelerado nas passadas. Estou em comunhão com a natureza, minha máquina cardio respiratória, posso sentir, esta redonda.
Não muito distante, já depois de percorridos um bom trecho, sinto que algo não esta de acordo, uma convulsão interna começa a se manifestar.
Concluo: Meu Deus! Esqueci de ir ao banheiro.
Longe demais para voltar e sem alternativa higienicamente correta para recorrer. Pensei vou tentar ir até onde der. Sabendo que no balneário encontraria ao menos um boteco aberto para aliviar meu sofrimento. A medida que corria o sofrimento estava pegando, pior do que a vontade propriamente dita passou a ser o psicológico. Sabia que poderia resolver meu problema orgânico a qualquer momento, simples com a imensidão de mata que margeava meu caminho, porém o problema passaria a ser outro. O da higiene propriamente dito.
Não tive alternativa. Acabei correndo pro mato mesmo. E como bom escoteiro que fui, lembrei de pegar algumas folhas umedecidas com o orvalho da noite que foram muito eficientes. Em que pese o inusitado, para um cidadão urbano, perdido no meio do nada, sem alternativas, posso dizer que foi ótimo. Segui correndo, conclui meu objetivo com a certeza de ter feito um programa muito interessante. Em total comunhão com a natureza.
Na foto nossa lareira acesa, numa noite muito agradável em São Chico.
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