Hoje cedo fui participar de uma apresentação de uma nova empresa com pretensão de estabelecer parcerias. Em hotel no centro da cidade, todos os participantes foram bem recebidos com um café da manhã. Tudo pronto para impressionar.
Acomodados na sala o gerente comercial começa sua apresentação. Tudo muito bonito, muito lindo me apresentam um portifoglio com mais de setenta produtos, não bastasse à generalidade de ação escapa na conversa que podem fabricar mais de trezentos produtos.
Uau! Abri o olho.
Macaco velho que sou me liguei na dialética da apresentação. É óbvio que numa situação destas só se fala em coisas boas, tudo é perfeito, os problemas, normalmente, começam a aparecer depois que se assina o contrato. Em seguida mostram uma margem de lucratividade três vezes maior do que as conhecidas no mercado.
Uau! Abri o outro olho.
Estava eu diante de uma nova General Motors? Enquanto o monólogo seguia comecei a buscar subsídios para desmontar a retórica. Passei a mão no catálogo sobre a mesa, busquei o endereço e uma imagem da empresa. Não encontrei. Em seu lugar a foto de uma maquete.
Bingo! Peguei, como se diz no jargão policial: “A casa caiu”.
Não tive dúvidas, peço palavra e pergunto se a indústria esta aberta a visitas. Como resposta ouvi um engasgo. Algumas desculpas, dizendo que as condições não eram adequadas devido à alta produção industrial e a uma mudança da sede que fica na região metropolitana para a próxima Blumenau.
Blumenau?
Não fiquei até o final para saber do epílogo, pois para mim uma situação como esta se resume a uma palavra: Problema. Assim como na vida pessoal, no mundo empresarial também se escondem, se maquiam, se fantasiam situações. É bem melhor jogar, conviver com pessoas e empresas verdadeiras.
Mas ainda que no mundo dos negócios existe uma fábula que explica bem a relação de parceria: Dizem que a galinha propôs ao porco uma sociedade. Ela queria montar uma fabrica de omelete com bacon. O que seria muito interessante para ela, pois o fato de fornecer ovos não lhe tiraria a vida, já o porco coitado que entraria com o bacon seria sacrificado. Questionada pelo porco sobre esta situação respondeu a galinha: “No mundo empresarial, numa sociedade, sempre alguém tem que perder e alguém tem que ganhar”.
Pense nisto.
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