Gente! Eu pequei hoje. Ah! Eu pequei.
Enquanto procurava vaga para estacionar no Batel Soho (para quem não conhece o Soho é a região do bairro Batel que fica entorno da Praça Espanha), dei uma fechada em outro veículo. No seu reluzente PT Cruiser o casal explodiu em gestos e palavras não bastassem meu pedidos de desculpas.
Pensei, de certo deve ser um médico atrasado para sua cirurgia, vai salvar uma vida. Ou um importante engenheiro a resolver seus problemas na obra. Um advogado a caminho da audiência para livrar seu cliente. No máximo, um financista preocupado com a oscilação dos investimentos e necessitado de chegar ao escritório a fim de recuperar seu capital.
Vou até o correio, resolvo meu problema de simples mortal e saio em correria senão a “gentil do ESTAR” tira o bloco e começa a autuação. Atravesso a rua, em frente dou de cara com o casal. Acomodados em suas cadeiras, diga-se de passagem, colocadas sobre área pública, a calçada, saboreando um Petit Gateau.
Dou dois passos, não me contenho paro, torno a olhar. Pergunto-me:
Todo aquele estresse para comer um Petit Gateau?
Imaginem se fosse para fazer algo importante? Teriam me matado, suponho.
Fui buscar nos tradutores o significado para Petit Gateau. Nada encontrei de significante, quer dizer bolo pequeno. E naquele local no Batel Soho deve ter um preço bem mais alto do que em qualquer padaria chinfrim.
Preciso fechar o texto sem ser mal educado e fazê-los ler o que pensei a respeito naquele momento. Para isto vou fazer uma citação que soube dizia meu pai em determinadas situações. Dizia ele em bom napolitano:
“O céu esta cheio de pássaros e a terra cheia de cretinos”.
Se trocar o adjetivo cretino por babaca entenderá meu pensamento.
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