O Teatro Guaíra faz parte da vida de todo curitibano. Quem de nós, pelo menos uma vez em sua existência, não adentrou ao majestoso palácio das artes e eventos?
Eu mesmo conheci o Guaíra de muito pequeno e põe tempo em que fui criança. Naquele tempo nem existia o auditório principal, as peças infantis aconteciam no auditório Glauco Flores de Sá Brito, aquele cuja entrada é pela lateral do hoje popular Guairão que se chama Bento Munhoz da Rocha Neto, o outro auditório, Salvador de Ferrante tem sua entrada pela rua XV de Novembro e é uma sala bastante interessante.
Lembro com saudades um projeto que aconteceu logo que entrei na universidade e chamava-se Projeto Universitário, acontecia sempre às segundas-feiras e trazia dois artistas famosos para apresentarem-se a preços estudantis. Num destes shows Luiz Melodia discutiu com a platéia, pois cantava com ele a jovem Marina que resolveu apresentar-se com uma túnica transparente para alegria geral dos estudantes e é claro que ninguém queria ver homem de ébano no palco.
Uma outra situação bem interessante aconteceu com a cantora Adriana Calcanhoto, que agora até de nome mudou, chama-se Adriana Partimpim. Fomos assistir a uma apresentação sua no teatro Paiol, ela ainda não era famosa e o teatro que é pequeno mal lotou, o show ficou bem intimista. Passada esta aparição, sua música “Naquela Estação” estourou na novela das oito. Deram três meses e ela retornou à Curitiba, desta feita lotou o Guairão para fazer o mesmo show. O que não faz uma novela na vida de um cantor.
Antigamente para ir ao teatro, as pessoas se produziam demais, era atividade para por a roupa de domingo, casacos de pele, ternos e outras coisas. Hoje ir ao teatro, graças a Deus, ficou muito leve e agradável. Para bem de todos o evento perdeu sua pompa, pena que ainda é um lazer caro para ser cultivado com mais freqüência, mas é assim desde quando eu era muito pequeno e põe tempo nisto.
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