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terça-feira, 5 de julho de 2011

O livrinho da vida


Todo dia quando acordamos, no exato momento em que abrimos os olhos, começamos a escrever uma nova página do livro de nossas vidas. Assim ocorre quando vamos dormir, deixamos para trás nossas experiências. De uma maneira vejo o livro das pessoas mais velhas, vamos pensar na minha mãe beirando os noventa anos, seu livro deve ter bem umas (32.850) trinta e duas mil, oitocentos e cincoenta páginas. Uau! Como não dar ouvidos aos conselhos de uma pessoa que já viveu tantas experiências nesta vida?
Eu mesmo já escrevi quase dezoito mil e seiscentas páginas. É considerável este livrinho chamado Renato.
Pois é, o quero dizer não diz só respeito a esta analogia, quero falar sobre “tocar o livro da vida”. Sabe, tem gente que se delicia relendo o que escreveu, ou pior, tentando rasgar páginas escritas. Não tem como, se fizer isto sua história vai perder lá na frente. Faltará um pedaço. Eu não destruo meu passado escrito com belas e não tão belas passagens. Também não tenho o apego para ficar vivendo do passado, mesmo porque daquilo que fui protagonista não vejo necessidade de ficar relembrando. Sei de meus acertos e de meus erros muito bem.
Como o amanhã é uma página em branco, me preocupo mesmo é com a página que estou escrevendo hoje, esta linha, mais precisamente esta letra. Ela é que fará com que ao final do dia, ao repousar a cabeça sobre o travesseiro eu possa dizer: Valeu à pena.  

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