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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O "Fucón" da Nona

Passa logo cedo na TV uma matéria sobre pessoas idosas que dirigem. Eu me lembrei da estória da minha mãe. Se bem recordo ela tirou a carteira de habilitação quando tinha perto de cincoenta e quatro anos. Foi um feito.
Depois de alguns exames no DETRAN foi até a extinta Voupar comprar seu carro, saiu de lá com um fusca 1500 o que mais tarde e segundo ela passou a chamar-se “Fucón”, assim mesmo com sotaque italiano.


Foi este mesmo o meu primeiro carro, ou seja, aquele que “emprestava” sem ela saber nas escapadas de sábado à noite, (emprestava é um recurso redacional para não dizer que eu furtava o carro de minha mãe), coisas de adolescente.
Minha mãe tinha por alguma razão um problema crônico com as dimensões do Fucón, logo e segundo me lembre, quase que semanalmente havia um para lama amassado. Foram tantos que na revenda dona Pina passou a ser reconhecida como a mulher dos para lamas.


Como todo carro este teve muita estória, seja para ela como para mim. Ele carregou muita batata para o restaurante que tínhamos, quase foi roubado em frente à Santa Casa não fosse a intervenção agressiva da dona Pina e tantas outras situações. Mais tarde quando tirei carteira passei a usá-lo legalmente, foi o carro que mais ensebei na vida e, contudo nunca deixei de andar num fusca.
Saudades do Fucón, do tempo que o ESTAR era um disco de cartão que ajustávamos e colocávamos no painel. Faz muito tempo.

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